A região do Oriente Médio quase sempre foi palco de um dos mais intensos conflitos do mundo, sendo reconhecida como uma área de constante tensão entre Israel e seus vizinhos. Nesse cenário turbulento acentuado pela guerra entre Israel e Hamas que começou em 07 de outubro, a desinformação emergiu como uma poderosa arma de guerra. O papel da desinformação nesse conflito não pode ser subestimado, pois não apenas obscurece a realidade dos eventos, mas também inflama paixões, polariza opiniões, amplifica ódios e dificulta a busca por soluções pacíficas à medida que bloqueia o diálogo e perpetua estereótipos, alimentando preconceitos e extremismos.
Eis um ditado que afirma: “na guerra, a primeira vítima é a verdade”. A desinformação é uma ferramenta insidiosa em tempos de guerra, usada estrategicamente para manipular percepções públicas e moldar narrativas. Tal fato não é nenhuma novidade, de modo que tem sido utilizada há anos em conflitos políticos e bélicos. Em um mundo globalizado e cada vez mais digital, as redes sociais, sites de notícias duvidosos e mensagens viralizadas são veículos para histórias distorcidas e imagens fora de contexto, que muitas vezes retratam um quadro unilateral e enviesado do conflito.
Nesse contexto, ainda, é preciso comentar o papel dos algoritmos, que nada mais são do que uma forma de representar matematicamente um processo estruturado para a realização de uma tarefa, os quais carregam em si valores de seres humanos. Determinados algoritmos, como explica Cathy O’Neil (2017) em seu livro Weapons of Math Destruction (Armas de Destruição Matemática, na tradução livre), “governam” nossas vidas e tendem a prejudicar os mais desfavorecidos, sendo certo que a manipulação de dados pode acentuar ações discriminatórias e perpetuar preconceitos.
Enfrentar a desinformação, portanto, bem como o viés discriminatório dos algoritmos, requer um esforço coletivo de governos, instituições educacionais, organizações da sociedade civil e plataformas de mídia. A alfabetização midiática e a capacidade de discernir fontes confiáveis de informações são habilidades cruciais no mundo digital atual. Educar as pessoas sobre a importância de verificar fatos, analisar fontes e considerar diferentes perspectivas antes de compartilhar qualquer informação é essencial para combater a propagação da desinformação.
Tendo tudo isso em mente, separamos algumas dicas para ajudá-lo a determinar se uma informação é verdadeira:
Lembrando sempre que, em um mundo digital, o ceticismo saudável é uma habilidade valiosa para todos.
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