ESG e o desenvolvimento da atividade jurídica
07/03/2022
Luciana Lanna
O ESG no contexto do exercício da advocacia, tem despontado de forma bastante interessante, uma vez que os critérios ESG não se encontram no campo legalidade, e, portanto, o advogado nesse sentido, atua nesse espaço em que, através da governança, a atividade empresarial passa a gerar impacto positivo para a sociedade. Nesse sentido, os critérios ESG não se restringem apenas às grandes bancas. Escritório de pequeno e médio porte passam a atuar em diversas demandas relacionadas a ESG como, por exemplo, questões afetas à economia circular.
Igualmente relevante é a inserção dos fatores ESG internamente, no exercício da advocacia per se. Um exemplo interessante é o ingresso de escritórios de advocacia no mercado voluntário de carbono, através do investimento em projetos florestais (reflorestamento) e conservação ambiental. No ramo jurídico, as maiores pegadas de carbono são com deslocamentos de avião e carro para reuniões com clientes e sustentações em tribunais, mas também com consumo de papel, luz e ar-condicionado.
Além do papel do advogado na identificação de materialidades e riscos, e no aconselhamento aos clientes nas áreas ambiental, social e de governança, no âmbito do exercício da advocacia será um diferencial a internalização da agenda ESG.