Cidades Inteligentes

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14/12/2022

Adriana Garibe

Cidades inteligentes são aquelas que se valem da tecnologia para melhorar a eficiência político-econômica e para amparar o seu próprio desenvolvimento. A aplicação da Internet das Coisas nas cidades visa melhorar a infraestrutura urbana e fazer com que a tecnologia seja uma aliada do ser humano no sentido de aperfeiçoar a qualidade de vida da sociedade como um todo e cuidar do meio ambiente, por exemplo, criando soluções inovadoras para problemas sociais, econômicos e políticos como excesso populacional, consumo excessivo de bens e de energia, violência, poluição, entre outros.

No entanto, não basta que uma cidade tradicional passe simplesmente a utilizar a tecnologia para ser considerada uma cidade inteligente. A cidade, para ser considerada inteligente, precisa utilizar tecnologia de ponta voltada para o bem-estar das pessoas, com foco na inclusão social e pautada na sustentabilidade. Caso contrário, a tecnologia será mais um instrumento a favor da desigualdade social. 

A transformação digital (implementação do 5G, da Internet das Coisas etc) é uma das metas que uma cidade deve atingir para ganhar o selo de “cidade inteligente”. Na definição do Ministério do Desenvolvimento Regional, cidades inteligentes são aquelas “que atuam de forma planejada, inovadora, inclusiva e em rede, promovem o letramento digital, a governança e a gestão colaborativas e utilizam tecnologias para solucionar problemas concretos, criar oportunidades, oferecer serviços com eficiência, reduzir desigualdades, aumentar a resiliência e melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas”. Ademais, elas devem garantir o uso seguro e responsável dos dados e das tecnologias de comunicação.

De acordo com o IESE Cities in Motion (ICIM), Nova Iorque, Tóquio e Londres encabeçam a lista de cidades mais inteligentes do mundo. São José dos Campos, por sua vez, foi considerada a primeira cidade inteligente do Brasil com certificação emitida pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Sendo assim, já existem cidades inteligentes espalhadas pelo mundo cada qual com destaque em algum ponto a depender dos indicadores analisados como mobilidade, economia, educação, saúde, meio ambiente, energia, educação, segurança, qualidade de vida, inovação, tecnologia, governança e empreendedorismo. Cingapura, por exemplo, oferece wi-fi gratuito em todos os serviços públicos, possui aplicativo de agendamento de coleta de lixo, de doação de móveis, entre outras facilidades que garantem a qualidade de vida dos cidadãos.

Outro exemplo de meta a ser atingida pelas cidades tradicionais é a mobilidade urbana que visa diminuir o tempo de deslocamento de coisas e pessoas de um lugar para o outro, o que garante mais tempo para que a sociedade possa se dedicar a outras atividades mais produtivas, além de diminuir a poluição. De acordo com a pesquisa da McKinsey publicada em 2018, as soluções digitais podem melhorar entre 10% e 30% os índices totais de qualidade de vida das pessoas. O mapeamento do trânsito, por exemplo, pode diminuir a ocorrência de acidentes, além de diminuir o tempo de deslocamento.                                                           

Sabemos que as mudanças tecnológicas acontecem em tempo recorde, razão pela qual uma cidade para se tornar “inteligente” também deve ter a capacidade de se adaptar com velocidade. Podemos citar alguns dos benefícios de uma cidade inteligente, quais sejam: obtenção e integração de informações, otimização de recursos públicos, menor impacto ambiental, maior humanização, entre outros.

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